Poema criado para a abertura da palestra sobre pluralidade da etnia romá em 08/04/2017
Apesar...
Vocês
sabem quem eu sou?
Sou
aquela pessoa que veio de muito longe
Sou
aquele povo estranho lá do oriente
Sou
quem restou
Meus
irmãos se espalharam pelo mundo
Nossa
dor veio junto
Pra
onde quer que vamos
Nos
olham de canto de olho
Nos
olham como imundos
Perseguiram
nossa arte
Perseguiram
nossa própria magia
Implicam
até com nossas roupas
Suspeitam
de nossa alegria
Nós
também tivemos holocausto
Também
tivemos nossa senzala
Mas
nosso silêncio é tão alto
Que
dessa lágrima ninguém fala
Se
então nos encontrar na rua
Não
precisa ir pro outro lado
Nosso
teto é céu, sol e lua.
Já
somos um povo ignorado
Somos
como corpo eterno
E
apesar de tanto desengano
Temos
o coração fraterno
Somos o povo cigano.
(Poema escrito pela Companhia Al-Andalus)
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